Ilha grande - Rio de Janeiro - Brasil

Ilha Grande - 4 dias

Esse lugar paradisíaco pertence ao município de Angra dos Reis-RJ, localizado no litoral sul do estado do Rio de Janeiro.

Existem muitas praias e trilhas para fazer na ilha, o tempo ideal de permanência no lugar seria entre 5 a 7 dias, ou até mais se puder! Ficamos 4 dias e não conseguimos desfrutar melhor de alguns lugares como a Lagoa do Céu e fazer a trilha até o Pico do Papagaio, o ponto mais alto da ilha.

Chegada à ilha
Em Copacabana, eu e minha amiga Fernanda, pegamos o ônibus na rodoviária que nos deixaria em Conceição de Jacareí que é o lugar mais próximo da ilha para fazer a travessia com um tempo menor. Deste local, o tempo de travessia de scuna  é de cerca de 20 minutos.
O barco chega no pequeno porto da ilha na Vila Abraão - neste lugar é onde situam-se o comércio, pousadas, restaurantes e bares da ilha.

Vista da Vila Abraão

Ficamos hospedadas no hostel Che Lagarto, o lugar de frente para o mar e com um deck espetacular, onde pela manhã é o local onde servem o café e a noite um local de encontro da galera com música e barzinho.

Vista do Hostel Che Lagarto

Ilha Grande é o lugar perfeito para os amantes do trekking, há muitas trilhas para se fazer, desde trilhas curtas de níveis fáceis até as mais hard e extensas, ao final de cada trilha a vista recompensadora de praias paradisíacas.

Praia de Lopes Mendes

No primeiro dia fizemos uma trilha com destino à Praia de Lopes Mendes, a maior praia em extensão da ilha com cerca de 2,5 km de contato com o mar aberto, o caminho por si só é incrível, são diversos pontos em que é possível avistar o mar e suas muitas enseadas de água tranquilas cristalina além de paisagens de tirar o fôlego. Se bater o cansaço, vale a pena uma paradinha para um banho!

Uma das praias durante a trilha à Lopes Mendes

Praia de Lopes Mendes

Final de tarde contemplando o por-do-sol, um espetáculo!

Praia de Cachadaço

No dia seguinte pegamos um barco com destino à praia de Cachadaço, sem dúvida um dos lugares mais paradisíacos da ilha, o mar muito azul e cristalino, como se pode ver em toda ilha, agora contrastado com morros e paredões rochosos, areia amarela e a mata preservada!

Praia do Aventureiro

Seguimos com o passeio de barco com destino a uma das praias mais famosas da ilha, esse coqueiro na praia do Aventureiro é muito disputado por turistas para a tradicional foto com esta vista paradisíaca!

Seguimos para mais uma praia para mergulho com snorquel, tão incrível quanto à vista externa é a vista no fundo do mar, natureza rica e diversa, avistamos desde gigantes estrelas-do-mar, quanto ouriços, cavalos-marinhos e muitas variedades de peixes.

Aqueduto

No meio da trilha, rumo a cachoeira da Feiticeira, de repente surge construções gigantescas com 30 metros de altura e, visivelmente históricas, construídos no ano de 1893 com óleo de baleia e pedras moldadas pelos escravos, os Aquedutos da Ilha Grande, tinham como finalidade levar água para o vilarejo onde se recebiam imigrantes europeus no século XIX, hoje conhecidas como Ruínas do Lazareto.

Cachoeira da Feiticeira

A parada na cachoeira da Feiticeira foi bem rápida, paramos apenas para um descanso e um lanche, lugar muito bom para se refrescar e praticar rapel. Seguimos a trilha para outra praia e um novo passeio de barco para desbravar outros lugares.

Cachoeira da Feiticeira

Depois de finalizar a trilha da cachoeira da Feiticeira, seguimos a trilha com destino a alguma praia, lá encontramos um barco que estava de partida, pegamos carona com destino a outras praias adjacentes, o passeio é tranquilo com uma vista espetacular do entorno da ilha.

Praia Dois Rios

Essa trilha foi relativamente fácil, pois fizemos através de uma estrada aberta que atravessa a ilha, porém, há uma longa subida seguida de uma longa descida.
A praia de Dois Rios é outra praia de frente para o mar aberto, não tão extensa quanto Lopes Mendes, mas incrivelmente bonita!

Um dos pontos durante a trilha à Praia de Dois Rios

Há uma pequena comunidade na praia de Dois Rios, com muitas casas abandonadas, há um centro de pesquisa de uma universidade e um antigo presídio que hoje virou museu.

Presídio 
O presídio funcionou até 1994, onde foi implodido devido às condições precárias, abrigou presos políticos e o célebre escritor Graciliano Ramos

Presídio

Praia de Dois Rios

Pico do Papagaio

Infelizmente não conseguimos realizar a trilha ao Pico do Papagaio, por falta de tempo. Essa trilha é a mais difícil da ilha pois exige muito preparo físico para subida do morro e do pico, geralmente o pessoal realiza ela pela madrugada para contemplar o nascer do sol lá de cima, será que vale o esforço? Com certeza, sim! Mas esta ficará para a próxima!

El Calafate - Patagonia Argentina

Glaciar Perito Moreno

Saímos do Parque Torres del Paine no Chile por volta do meio dia e chegamos à tarde a El Calafate onde fica o famoso Glaciar Perito Moreno, o Glaciar fica dentro do Parque Nacional Los Glaciares, a partir da entrada do parque são mais 15km de estrada até chegar as passarelas que ficam de frente para o glaciar. Como estávamos de carro fizemos várias paradas durante o caminho para contemplar o glaciar de longe:

O ideal é chegar no Parque pela manhã, onde o sol bate de frente para as geleiras e é possível realizar o minitrekking ou o trekking até o Big Ice. Infelizmente não pudemos fazer nenhum dos dois pela chegada tardia ao parque, mas o visual com o sol ao entardecer não deixou nada a desejar:



 As passarelas são muito bem estruturadas, é possível visualizar a geleira de várias partes da passarela, os caminhos são extensos passam e passa também pelo meio do bosque.

Laguna Nimez

A Laguna Nimez a cerca de 1km do centro de Calafate e próxima ao Lago Argentino. Conhecida como Reserva de Avifauna Laguna Nimez, um lugar riquíssimo em diversidade de espécies de aves, possui trilhas autoguiadas, de nível fácil, e informações sobre as espécies presentes durante o percurso.

Torres del Paine - Chile

         Resolvemos alugar um carro para ir ao Chile e passar os 4 dias da mais pura aventura da viagem, a travessia do Circuito W! Saímos de Calafate, onde percorremos os 211km de estrada até a entrada do Parque Torres del Paine. Vale a pena ir de carro para ir apreciando a paisagem de tempos em tempos, surreal!

Chegamos ao Parque  à tardinha e fomos preparar o acampamento. No outro dia começaríamos cedo a jornada de caminhadas intensas pelos próximos 3 dias e mais ou menos 50 km. Levamos tudo o que precisávamos para os próximos dias na mochila: comida, roupas, barraca, saco de dormir, etc.  Recomenda-se fazer um roteiro verificando o tempo de caminhada de um acampamento ao outro, na entrada do Parque há um mapa com o tempo aproximado para percorrer cada trecho. Existe alguns acampamentos gratuitos e alguns pagos, todos fornecem banho quente, alguns tem restaurante e mercadinho (preparem-se para pagar caro pelas mercadorias!).

Próxima parada: Mirante da base Las Torres.

A subida é pesada, mas vai depender da resistência física de cada um. Fomos em 3, um queria subir o morro correndo rsrsrs e eu e outro amigo subimos mais tranquilamente, parando de tempos em tempos para recuperar o fôlego e também porque é preciso parar para apreciar a natureza!

Chegada ao Mirante de las Torres, as fotos por si só exprimem um pouco da beleza do lugar: 

Contemplamos muito os picos de Las Torres, ver aquele lugar que você só conhecia por foto é indescritível!A imensidão dos três picos contrastando com o céu azul é realmente sensacional! 

Se você não tem interesse em percorrer todo o circuito W, vale a pena realizar apenas essa subida.

Bom, nós optamos por percorrer todo o circuito, então voltamos à trilha que nos levava ao próximo acampamento.

Depois de uma noite acampados, com muito vento, pedregulho e um café da manhã que não foi lá grandes coisas, bora seguir novamente trilhando. A paisagem durante a caminhada é algo indescritível, vimos alguns fenômenos naturais, como um pequeno tornado no Lago Nordenskjöld, arco-íris, a formação das nuvens no alto dos picos e lugares em que a ventania te ajudava ou atrapalhava a caminhar!

Última parada:  Lago Grey, esse sem dúvida foi o lugar mais frio e congelante em que estivemos, uma ventania vindo diretamente da geleira! Pelo caminho e em alguns pontos da trilha que servem como mirante, já é possível observar alguns icebergs que se desprenderam da geleira do Grey.

A incrível geleira do Lago Grey, pena que o vento não nos deixou apreciar por muito tempo!

Seguimos para as trilhas finais de nossa travessia: o retorno até a estrada de chão, que nos levaria à entrada do parque, caso conseguíssemos carona. 

Chegamos por volta das 17:30 até a estrada, mas não tivemos sucesso em conseguir carona, pela quantidade escassa de carros que passavam na estrada naquele horário. Sem sucesso, tivemos que armar novamente as barracas e dormir mais um dia acampados, a saudade de uma cama confortável e uma alimentação digna, nos faziam muita falta naquele momento.

No outro dia conseguimos uma carona com um casal de italianos muito simpáticos!
Chegando ao ponto de origem, finalmente! Se alguém tem dúvida quanto a ir neste lugar, vá! Vale muito a pena, as imagens por si só já falam, mas estar lá vendo de perto cada paisagem é algo que ficará para sempre na memória! Se não quiser caminhar muito ou se tiver pouco tempo, faça o passeio pela estrada de carro ou escolha alguma trilha para percorrer durante o dia todo para desfrutar um pouco mais

Voltando para El Calafate e fazendo mais uma parada para os últimos registros do Parque.